8 de março de 2007

Ponta da virgula

Copyright© Flávio Andrade


O apito soa no alto do monte.
O cão sonha a ressaca do velho bêbado.
Na fogueira de ratos em pernas de gente.
Só.
O ritmo das janelas no cão que vê os sonhos em redor.
Fogueira morta de vermes de luz.
Candeeiros destorcidos, betão.
Terras de chamas, almas de cimento.
Ruge o branco na noite negra,
onde cão vomita a merda dos outros.
E sonha ser barata no campo de céu.
O riso abre e espreme a porta.
À fogueira gira cansado dos pensamentos pedintes.
Som, ritmo, som, ritmo...

Flávio Andrade

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