31 de dezembro de 2011

ONA 2102

Tudo no chão,
Sem mão
Alçapão
Prisão
Cagalhão
era o que faltava!

Flankus

24 de dezembro de 2011

Trastes

Saca cata pata
Mata faca caca
Poeira sem eira
Ministra mitra
Pulha bulha soca
Afia mama papa
Toca mia tia
Acode pote pulha
Queres pedes sofre
Gole forca tosse
Dói mói foge
Pia rasga sacode
Sangue

Flankus

27 de junho de 2011

O bicho

Penas em patas sempre, o bico pio.
Insectos e olhos terra mãe, voa.
Caixa, molas, caga, come e dorme.
Preto amarelo laranja.
Sexo por descobrir.
Bébé ainda cresce.
Água no seio papo sacia.
Livre saltita, passeio.
Molha.

Flankus

9 de maio de 2011

O Domador de Formigas

Belo dia um servo saiu da Pandora e inspirou-se na esquina bem perto do local onde o Chico faz as suas porcarias.
Não era que o dito animal quadrúpede se deliciava em snifar um formigueiro diante das bostas plantadas que sua majestade canina fazia.
De tal ordem que a coceira demorava eternos e arrastados períodos da vida mal cheirosa do pelo de arame.
Daí o anfitrião endossou à rainha mãe um pedido de misericórdia, prontificando-se a tratar os seus vizinhos com escárnio e sem mal dizer...
Mas o que aconteceu na realidade é bem diferente do que acabo de descrever.
O animal serviu-se deste pretexto para domar as formigas e as arrastar para a casa do Tó.
E uma vez lá roubar toda a carne e guloseimas...

Flankus

8 de maio de 2011

Comichão

Acorda estás mijado. Sorriu.
Quem mais quer menos pode, xixi.
Tapa isso com a mão é sempre mais seguro.
Um balde vazio no deserto nada serve.
Arre que não entende!!!!

Estou-me cagando para este Sistema! Diz:

- Uma luva de bosta, queres?
Ministras-te em vontades partidárias, é esse o teu destino.
Engordas-te na miséria dos consumidos.

- Já abriste os olhos?
E essa mente? Mente-te pois é!

Revolução era... patos mansos estes que habitam-se...

Flankus

Quimio

O Quimio passou-se sem terapia a velha carcaça entreva-se na desnuada vingança do tempo.
Invade-te foge-te da seara morte, plantada na exaltada corpo.
Saturada suturas-me em tumores a negra fome da consciência.
À uma apenas que se lembra, fede de medo, só isso.
Uma febril rasga-se e apressadamente consome e queima.
Só um voo nobre salva em verde sonho, um sorriso.
Tranquila ao sorriso pluma pena...

Flankus

Estômago

A dormência saltita na areia se não pois.
Um era sempre demais só a espuma engordou pá pá.
E sem fim semi rosca paralela ao já, tosse.
Escarro ao vazio uma demora se porventura amanhece.
Em magoas deveras caindo.
Acalca-se em pesadelos fantasmas.
Hipocondria na relva cabeça palato trator.
Serra, range-me calquitos no umbigo.
Arde sobra, venta-te!

Flankus

Operação

Caí pois é certamente um pó de achas talvez,
sempre assim não posso ir,
sacode-me ó pipi,
tasca de vazio em pingo,
a garrafa se mias sempre vinha um verde branco,
amanhecer em costuras num pano carne,
buraco largamente caga a fatia mão de unha rasgada em cu demente.
Ora quem fez a vez peixe mó aligeirou-se em boca e saiu...
O lanche mais mais foge da praia.


Flankus

Um dia de cada vez

Tantas coisas semi-pois, em calda de um talvez senão,
fica-se em prótese de antes, sofregamente tirados.
Ao Sol uma atmosfera rastejante areal,
bem somente a mola resmungou o saco fedorento
e palitando a estupidez, resgatou-se em casa sim sim.
altivos os dentes sem, eram a necrose envaidecida no depois.
Aí os estroinas saliva-se uma parvoeira sem eira.
No jantar solta-se o gás e rosna-se um mamilar...

Flankus