És tu prima? Ou a Vera? Talvez a primavera… Entre tranças de folhas, Suavemente nasce Sol ri raio rio Metamorfose Inteira e bela Esvoaça Penugens piam Galhos semeiam Liberdade
Prima e click Chegou a Vera Primavera Sorrisos e harmonia Natural e fundamental Azul verde vermelho É de toda a gente Terra ar fogo gelo Cian amarela magenta Natureza cosmos Vera! Prima… Chegaste por bem Primavera
Um dia conheci o Mário, um rapaz alegre. Estudante de representação e a formar um grupo de teatro.
Após um jantar, entre bicas, risos, gargalhadas e vinho, o Mário demonstrou ainda algum “apetite”, comentando ser capaz de introduzir uma das suas mãos, toda dentro da sua própria boca.
Vejam só! Será possível? pensei eu para comigo. E não é que conseguiu mesmo! Satisfazendo a curiosidade dos demais presentes.
Por instantes, lembrei-me do mundo maravilhoso das 24 imagens por segundo – o cinema. Imaginei imagens arrastadas demonstrando o efeito de movimento produzido por uma obturação lenta da câmara, utilizando uma iluminação dura e directa.
De imediato não resisti a pedir-lhe que me deixasse registar fotograficamente a representação que acabara de ver do seu “apetite”. Prontamente se disponibilizou, sorrindo. Marcamos a sessão para uns dias a seguir.
Preparei o estúdio improvisado em casa de um amigo comum; como fundo utilizei umas cortinas pretas. Carreguei a câmara de 35mm com a clássica película da Kodak a preto e branco, Tri-x 400, montei a câmara no tripé, liguei o projector de 500 watts da loja do Aki comprado para o efeito.
O Mário tirou a t-shirt e colocou-se em tronco nú. Enquadrei de forma a tê-lo a meio corpo no visor, foquei e medi a luz. Pedi-lhe então que começasse.
Pouco a pouco ia introduzindo a sua mão direita na boca, tal como tinha feito dias antes no restaurante. Enquanto o fazia a assistência aumentara, não só estava eu, ele e o nosso amigo, como também mais duas amigas acabadas de chegar, que não paravam de rir espantadas com tal cena.
Fotograma após fotograma o Mário foi “desaparecendo”, senti que a sessão estava a correr-me bem. A utilização de várias velocidades lentas permitiam-me pensar que sim.
O efeito de movimento foi tal que ao fim de uma hora e meia e alguns rolos, o Mário desapareceu ficando apenas o fundo escuro do cenário.
O Mário só foi encontrado no dia em que revelei a película. E não era para menos, com tanto meter e tirar a mão da boca, o coitado fugiu esfomeado.
Sniff…Sniff… Alguma vez pensei nisto? Não sei…Sei que acordei com a sensação de que a minha almofada era orgasmica. Será possível? Olhei para ela ainda agora, após três voltas de regresso à cama e lá estava ela gemendo de prazer. Ai…ui…ai…ui…a…. Olhei-a nos olhos, ela a mim, voltou-se e teve mais um… Ahhhhhhhhhhhhh! Gritei! Como aquela criatura branca, fofa que nos aconchega a cabeça e nos acomoda o pescoço, poderia estar a ter orgasmos múltiplos, assim? Sinceramente é muito estranho, nem eu que penso ser open mind, entendo. Conto-vos isto por ser real, pelo menos para mim, que me belisco e me sinto. Toda molhada! …Como me vou eu deitar nela outra vez? Tantos sonhos que tive nela e com ela, e ela faz-me uma coisa destas, não mereço! (Após alguns momentos em silêncio tive uma ideia). Bem! Vou tentar trocar-lhe a fronha, pode ser que ela pare e me deixe repousar nela… Troquei então a fronha por uma azul mar, que cheirosa e macia, como vai ser bom me deliciar nela…hummm… Pensei eu. Mas qual quê, ela assim que se sentiu coberta por uma fronha macho, veio-se que nem uma perdida! Ai…ui…ai…ui…aaaa…. E eu nada podia fazer… Gemia e contorcia-se de prazer a descarada, nem a minha presença a incomodava. Ai…ui…ai…ui…aaaa…. Uma sem vergonha é o que ela é! Não sabia mais o que fazer… Cansado e cheio de sono, adormeci com a cabeça na esquina do décimo terceiro degrau da escada. Acordei envolto em abraços.
Remoendo pela Constantinopla água de gustação periférica amontoaram-se simplesmente o transbordar de peitos mimos na caótica melancolia da sauna perlimpimpim. Era assim só ? O trânsito eunuco, incomensurável som, flamejava a orla do pantanal mindinho. Mas antes do nada, pó, pi, pá, pé, pu!!! Vagamente sente-se a terra no peristáltico salto de cangas, soou um traz ou não? Para quê tanto desabafo? Eram apenas rolantes peidos. Alguns princípios de mar sem sal azimutais pela calada tenra da sobrancelha quisto ralé. Nem cão havia por perto. Como assim? Percorreu-me um taipe de indigestões sumarentas entre naipes de cangaços ziguezagueantes. Em pé de testa de pau viscosamente saia. Um traste cor de seara amarelecida segurando um protótipo de charrua electrónica e fumegante. Passou a dor!
As veias lençóis desdobram-se, É carne! Por dentro completam a busca, em brancos corpos de espuma. Buscam e tornam a buscar... veias, meias, teias. Emparelhadas. Ventos novos semeiam. O suor de vendavais. A luz relembra o norte, sentido em terra adormecido.
Choram... Pardais de ninho encucados, perseverança açúcar. Senta! O palpitar de diáfonas lacrimais. Resmunga sobre gritos, latindo madrigais. Voa para luas e sóis de semente. Plantando árvores em cima de galhos, o sono leve. Grita!Grita ainda mais! Espreme o sumo, é de frescura enérgica e cool. Pernoita um olhar. O caranguejo soluça. O patim come e o musgo é de dor. Saca lá esse copo. Folia mora no bairro de cascas de prata. Salivando tormentos, sorry. Abocanha por hora e arrefece. Ladravões inventam truques. Carava? Estão aí!
Religiosamente cacarejou sem pito. Pápa escangalhou e adjetivou o ramalhete. Lamurias de um tempo morto. Vamos lá meninos! Vomitem a alma na árabe disfunção. Piolhos para que te quero! Cristianizem-se de poeira ao léu. Merda! Cagou o urso do porco que vadia por aí. E as couves? São trocados entre grãos de miséria cerebral. Grunhe sem pensar. Grunhe apenas. Nesta pré-história do pensamento nem a alma escapa. E o espelho? Ninguém se vê... Só umbigos vazios. Que lacuna. E que Nietzsche disse? Piedade de cão e sofrimento de porco. Podre.
Escangalha o passo ao de leve. Vá. Canetas de piolhos suturam o miolo de pão. Ao segundo só Douglas. Quadros de água pesam no cano pessoais. Sensíveis e descansados, o repolho pirou. De entre mãos o fio é ou não? chama-se Madalena. Aterrou no sabugo de copo de lesmas. Era para findar mas o trólaró não se conteve. Hulhas de cenouras disseram engasgadas: -Tritura o abecedário no momentozinho nefasto. Rendeu-se no porco rosa dos ventos. Se por sombras carrossel pintou. O pião jejum ou caramulo do pá. E pó se cruzou mais abaixo. Incompreensões e triturações injustiçadas. Vamos levanta-te e sobe mais alto ácido sebento. O operário cá te quero.
Gatando gatancia miau... por dentro e por fora miau... luz de espinhas ensouteadas pela concumitante cueca, miau... avermelhada a chinela toucador enroupado, miau... Piu piu fez o gato de cocas de trocos com dentes de molas ao acaso despiu as cuecas de bolacha e fugiu entretanto a torrada returquiu: Sábado de alface era terra de nada porque a cebola deu um salto no prefixo de faca amolando o cangalho no prego, e disse: " Yes...yes...yes...só...yes...vê lá se cospes esse suco de alho "
As torradas a rugir leitamente mugiram... Cor de vaca mal torrada. Amanteigaram-se enlatadas. Pupilando desgastes às pintinhas. Anelando pela teta a ruminância quente. Ao sabor dos U2. Com gilette de gila e sofrego jejum. Calçando canecas desbotadas e voando pratos pardos. Os sulcos pensos dilatam lidls pertenções. Bebendo-as copistas malhadas e conformes. A réstia bostia.
Acordei E, senti algo Destapei-me e Estaria a sonhar? Dois olhos um focinho Não! Gritei - AH!!!!!!!!! TINHA UM PÉ COM CARA DE BORREGO! Um pé com cara de borrego Com cheiro a chulé Tresmalhado na calçada Da incerteza Começou a divagar:
"Dos prados amarelos de tijolos paranormais Para onde passei Nos meus sonhos Era noite de manhã e o sol nasceu tarde Ao pé do dedo grande"
Sem tempo Sem chão sem pé No mar de flanela Rangeu o fluxo Com dentes e orelhas Escrevendo novas Com um soluço
E de manteiga saiu Aquele sorriso esperniante Ao pé do pé com cara de borrego Só o dedo médio reflectiu A incerteza de uma certa confusão De sobras de lã ao vestes Mordiscou o repente E finalizou
Suavemente levantei-me Sacudi a perna e nada Pé ante Pé com cara de borrego Estremunhado Mexeu as orelhas de cobertor E...fez méeeeeeeeeeee Pronto disse eu Agora é que é Vou calçar a bota e ver como é Só que não conseguia Essa é que é essa O pé começou a crescer Crescer, crescer, crescer E pronto
Estava num rebanho lindo Com um farrusco ladrando Em meu pé Porque tresmalhado era E rebanho perdera...
AH... Nesta incerteza de passagem... sabugo de espuma entopido pela casca de noz no umbigo colaterar faiscas de migalhas misturam-se ventosamente Pronto..... Eras tu...ao relento pedra...foice... vagem...ou...eclipse Lua tua sua nua cheia.... só tu me trazes ... Árvore estendida num manto de mar doce ghetos esperneiam...vontades... as minhas mãos lambem...o vazio Para falar a verdade...nem terra comem xiu..... Saboreia.... O Ó. e vai...em liberdade.
De tão grande pensamento nada restou, lágrimas corcomidas vomitou a agonia rente ao tripé de cabelos o sono esgueirou-se devagarinho. Que queres sapo de lixo brilhante? Foz de gatos em varas de segmentos furados ao virar da esquina, Calisto desfaz, Zeus perfaz, e a noite madruga de olho vazio sem cara de gente, Só a grade manifesta-se virtual ao rabanete de unhas de alguidar. Por fim a terra vai e sózinho desleixo o patamar do incógnito.
Lá ao cume de sombras esperneiam as linhas. Ruidosamente translúcidas comidas. Diz-me sóbria. Os cascos de yoga transpiram sequestros invejosos. Mas sobre românticos penedos, eufórica viúva mordeu. Na tua, rótula diáfano piou. Santos, era madrigal de sobressalto ao mínimo. Casa, casa, só amanhã. Vadia por ti falua intermitente. Pé arroja suspiros. Caixa, caixa, depois de há. A hilariante retórica esvaiu-se em pi. Para bisnetos muita trance. Vendados, guloseimas jejuaram. Atira essa comezinha festeira. Além depois do vento resumiu-se ao acaso. Boa hora chegou.
No carro visceral estradas vagamente sorriam amena isqueiro, trago só. Parecia impossível crescer assim. O remoinho dignificava-se meticulosamente. As palavras surripiavam três dedos de conversa. No entanto, o silêncio anoitece com o motor de arranque constipado de tanto paladar. Assim por si, soou o sino em si. O casaco castanho de veludo lixiviante, parou no ponto 3,14. A verdade luxúria pasmou ao décimo segundo degrau. Volta e meia, meia volta, ali. O que fazem os cágados no terraço cor de pardal? O saco de alfabetos fugiu também. É por ele que as alfaces murcham por cima do til. E cós vão regalando a torbulência fatal. O soro perpétuou cem, amanhã. Está a chegar! Ao pífaro só se pedem figos. Os papéis arranha-céus carnalmente trincados lavavam-se. Ao que a rosca se evaporou entre soluços.
Desde quando fósforo não sente frio pela espinha, a não ser que assobie desde já. Só que a alface semi serrou os batráquios e pronto, ficou. Se alguma dúvida existia, acamou-se ao abrigo. Sempre que nunca, olá. Pois assim, vidro assediou. A própria luz emagreceu gritando caracóis de intenso pautar. Os gatos intrigam-se debaixo de água. Era a mesma, faísca e toneca pernoitaram. Volta e meia, rastreio de giz filantropo. Salvou-se. É ícaro peludo ou ácaro incondicional. A minhoca saco mordeu o chão da ruiva. Re(pressão) paralelista abananou a forma. Finalmente um AVC .
Um soluço após a tangente, serás bicharoco ou folha de pedra? Mesmo assim colheita amestrada pondera. Ao som de Wagner, terá vento ou apenas sonolência?... não se sabe. Vagueia terra firme. Braços recalcados fundidos entre noites de arena. Por cima de copas históricas recomeçou. Vem, vai, um deleite puro. Roças por lá... Está em casa! Sugando bélicos legumes gemidos. Gosta disso, carpas de limão ao azimute. O Toddy é ervilha no sangue. Ah! Motor de arranque! Sabugo e sola de carvão dizem mais que "nada tem mão". Jejum irracional come trepas ao descer. Baloiça vem parar. E o passeio veste-se de languidos expressos. As alças uma uva!
O apito soa no alto do monte. O cão sonha a ressaca do velho bêbado. Na fogueira de ratos em pernas de gente. Só. O ritmo das janelas no cão que vê os sonhos em redor. Fogueira morta de vermes de luz. Candeeiros destorcidos, betão. Terras de chamas, almas de cimento. Ruge o branco na noite negra, onde cão vomita a merda dos outros. E sonha ser barata no campo de céu. O riso abre e espreme a porta. À fogueira gira cansado dos pensamentos pedintes. Som, ritmo, som, ritmo...
Lá no fundo via-se Mas o que é que se via? Ah! Estou a ver, sim, sim. Estou a ver. Muito bem! Era assim, assim. Mais ou menos. Parecido? Mas será? Então não vês? Sim, sim, vejo! O quê? Sei lá!
(...A laranja bate à janela no azul do quarto amarelo, enquanto o branco dos lençois, sente fome na escuridão da alma negra, branqueada pelo verde dos sentimentos cor-de-rosa, avermelhados pela insegurança...)