9 de março de 2007

PÉ COM CARA DE BORREGO

Acordei
E, senti algo
Destapei-me e
Estaria a sonhar?
Dois olhos um focinho
Não!
Gritei - AH!!!!!!!!!
TINHA UM PÉ COM CARA DE BORREGO!
Um pé com cara de borrego
Com cheiro a chulé
Tresmalhado na calçada
Da incerteza
Começou a divagar:

"Dos prados amarelos de tijolos paranormais
Para onde passei
Nos meus sonhos
Era noite de manhã e o sol nasceu tarde
Ao pé do dedo grande"

Sem tempo
Sem chão sem pé
No mar de flanela
Rangeu o fluxo
Com dentes e orelhas
Escrevendo novas
Com um soluço

E de manteiga saiu
Aquele sorriso esperniante
Ao pé do pé com cara de borrego
Só o dedo médio reflectiu
A incerteza de uma certa confusão
De sobras de lã ao vestes
Mordiscou o repente
E finalizou

Suavemente levantei-me
Sacudi a perna e nada
Pé ante Pé com cara de borrego
Estremunhado

Mexeu as orelhas de cobertor
E...fez méeeeeeeeeeee
Pronto disse eu
Agora é que é
Vou calçar a bota e ver como é
Só que não conseguia
Essa é que é essa
O pé começou a crescer
Crescer, crescer, crescer
E pronto

Estava num rebanho lindo
Com um farrusco ladrando
Em meu pé
Porque tresmalhado era
E rebanho perdera...

FlávioAndrade

Sem comentários: